
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), entregou o cargo nesta sexta-feira (2) após ser pressionado em decorrência do escândalo de descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS.
Segundo o Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu pessoalmente o pedido de demissão durante uma reunião realizada à tarde.
— Carlos Lupi 🇧🇷🌹 (@CarlosLupiPDT) May 2, 2025
A decisão de Lupi ocorre após a deflagração da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação revelou um esquema de fraudes em descontos não autorizados, aplicados diretamente nos benefícios pagos pelo INSS.
Estima-se que o prejuízo seja de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A fraude era operada por entidades associativas, que realizavam os descontos sem consentimento dos beneficiários.
A operação também resultou na demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, após seu afastamento. Stefanutto havia sido indicado ao cargo por Lupi.
Durante a ação, foram apreendidos aproximadamente R$ 1 bilhão em bens e valores.
Lupi já havia sido alertado por órgãos de controle
De acordo com a CNN, fontes do governo afirmaram que o Planalto cobrava explicações de Carlos Lupi desde abril, especialmente após alertas formais da CGU sobre irregularidades.
Apesar dos avisos, Lupi não adotou medidas efetivas para impedir os descontos fraudulentos.
Em nota divulgada à imprensa, Lupi declarou:
“Tomei esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso.”
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