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Banco Central e Fazenda Avaliam Aquisição de Equipamentos de Contraespionagem

Fazenda e Banco Central estudam instalar equipamentos contra espionagem para proteger reuniões estratégicas.

Preocupação com Vazamentos Leva à Adoção de Medidas Preventivas

As áreas de segurança do Ministério da Fazenda e do Banco Central estão consultando empresas especializadas em equipamentos de contraespionagem. O objetivo é adquirir dispositivos capazes de impedir gravações ambientais, elevando o nível de segurança e proteção contra vazamentos de informações confidenciais.

Esses equipamentos são capazes de neutralizar totalmente gravações ambientais, bloqueando a ação de microfones e sistemas de armazenagem de dados. A intenção é instalar os aparelhos nos gabinetes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, além de salas de reuniões estratégicas, como a do Conselho de Política Monetária (Copom), onde são definidas as taxas de juros.

Nos últimos dias, tanto o ministério quanto o banco realizaram consultas a empresas especializadas no setor. Os equipamentos mais sofisticados podem custar até R$ 250 mil.

“Esses aparelhos vão evitar, por exemplo, que alguém use um gravador ou um celular para gravar uma conversa do ministro. A pessoa que tentar só vai ouvir chiados”, explicou um especialista em segurança.

Ministério da Fazenda Confirma Estudo da Medida

Em resposta à consulta sobre a possível aquisição dos equipamentos, o Ministério da Fazenda confirmou a iniciativa:

“O Ministério da Fazenda autorizou a equipe de segurança a estudar a viabilidade de aquisição de aparelhos de proteção contra gravação ambiental. Trata-se de uma medida preventiva, sugerida por profissionais da área de segurança, com o objetivo exclusivo de reduzir riscos. Não há, até o momento, qualquer decisão sobre a compra dos equipamentos.”

Nas dependências da Fazenda e do Banco Central são discutidos temas de extrema sensibilidade econômica e política. O vazamento de informações estratégicas pode ter efeitos significativos, desde impactos no mercado financeiro até o comprometimento de políticas públicas importantes.

Histórico de Vazamentos Reforça a Preocupação

O ministro Fernando Haddad já reclamou publicamente em diversas ocasiões sobre vazamentos de informações dentro do Ministério da Fazenda — especialmente durante a discussão do arcabouço fiscal e do projeto que propõe a redução da alíquota do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Posteriormente, foi constatado que esses vazamentos partiram de próprios aliados políticos e não de ações de espionagem.

Mesmo assim, diante do potencial de danos causados por vazamentos não autorizados, a adoção de medidas de segurança adicionais tem sido considerada essencial.

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