Ministro do STF rejeita novo adiamento solicitado pela defesa em processo sobre tentativa de golpe
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para adiar as audiências com testemunhas no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A defesa do ex-presidente argumentou que o volume de provas é “imenso” e que restrições técnicas dificultam a análise adequada do material disponibilizado pela Polícia Federal (PF). Nesta semana, a PF liberou três links com cerca de 40 terabytes de dados — o equivalente a 10 mil filmes em alta definição.
Apesar disso, Moraes afirmou:
“A disponibilização desse material, entretanto, em nada alterou os fatos imputados na acusação.”
STF rejeita nova tentativa de adiamento
Essa é a segunda vez que a defesa de Bolsonaro tenta postergar o início dos depoimentos das testemunhas. Na terça-feira passada (13), os advogados já haviam alegado acesso incompleto aos dados da investigação como motivo para o adiamento.
Nos bastidores do STF, a interpretação é de que os ministros não querem permitir que questões técnicas sejam usadas como manobras protelatórias.
O que está em jogo
Jair Bolsonaro é acusado de liderar uma articulação golpista para evitar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após sua derrota nas urnas em 2022. A ação penal apura a participação de militares, aliados políticos e servidores públicos em um suposto plano de ruptura institucional.
Com o início das oitivas, o caso entra em uma nova fase, com escuta de envolvidos sob juramento e aprofundamento das provas já coletadas.
