
Os Correios lançaram dois selos comemorativos em homenagem ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ao Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. O lançamento ocorreu neste mês de maio, durante a 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, no Parque da Água Branca, em São Paulo.
Um dos selos celebra os 40 anos do MST, completados em 2024. O outro destaca o 17 de abril, data que marca o massacre de Eldorado dos Carajás (PA), em 1996, e que passou a ser lembrado como Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.
As ilustrações dos selos trazem símbolos do movimento, como a bandeira do MST, e elementos da produção de alimentos em assentamentos, como sementes e frutas.
Críticas do deputado Sóstenes Cavalcante
O lançamento dos selos foi criticado pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados. Em publicação nas redes sociais, ele expressou forte reprovação à iniciativa:
“Correios lançam selo em homenagem ao MST. Sim, a estatal que acumula R$ 2,6 bilhões de prejuízo agora celebra um movimento que invade terras, afronta a lei e ataca propriedades privadas.”
O parlamentar prosseguiu:
“Enquanto aposentados são roubados, os Correios gastam dinheiro público promovendo o ‘Abril Vermelho’. O Brasil virou vitrine da vergonha.”

Simbolismo dos selos e divisão política
Os selos comemorativos buscam celebrar quatro décadas de atuação do MST, movimento que se tornou um dos principais protagonistas da luta pela reforma agrária no Brasil. No entanto, a ação também expõe a polarização ideológica em torno da entidade, frequentemente criticada por partidos de direita e do agronegócio por suas estratégias de ocupação de terras.