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Pedido de dados sobre vacinação é rejeitado pela justiça de SP

15ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo rejeitou uma ação movida pela médica Maria Emília Gadelha Serra contra o Estado de São Paulo

A médica Maria Emília Gadelha Serra moveu uma ação contra o Estado de São Paulo, solicitando acesso ao banco de dados Vacivida, um sistema estadual que centraliza informações sobre a campanha de vacinação contra a “covid-19”. No entanto, a 15ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo rejeitou a ação.

A solicitação abrangia informações brutas e anonimizadas sobre eventos adversos após a vacinação (EAPV/ESAVI), incluindo mortes, além de atas, relatórios, formações de comitês técnicos e documentos associados aos sistemas SIM e Sinan, responsáveis por registrar notificações e mortalidade.

Durante o processo, Maria Emília expressou um interesse científico e público na disseminação das informações. Ela defendeu que seu projeto de pesquisa tinha recebido aprovação de comitês de ética e enfatizou que a clareza a respeito dos potenciais efeitos colaterais das vacinas é crucial para a saúde pública.

Ele também declarou que outros países fornecem dados anonimizados em plataformas abertas e que a Lei de Acesso à Informação no Brasil deveria garantir esse direito.

Posicionamento da Justiça

A solicitação enfrentou oposição do Ministério Público. O Estado de São Paulo também questionou o pedido, argumentando que as informações solicitadas são sensíveis e estão resguardadas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Segundo a defesa, a divulgação completa, mesmo com a tentativa de anonimização, não seria viável sem colocar em perigo a privacidade dos indivíduos vacinados.

No veredito, a magistrada Gilsa Elena Rios destacou a relevância da “transparência em políticas públicas”, contudo ressaltou que o “direito à informação” não é incontestável e precisa estar em harmonia com o “direito à privacidade”.

Ela também declarou que a médica já foi alvo de dois inquéritos por “disseminação de teses incorretas sobre imunizantes”.

“O Ministério Público ressaltou o comportamento negacionista da requerente, que propaga informações incorretas sobre as vacinas para a população”, disse a juíza. “Em razão desse comportamento, o MP instaurou dois inquéritos civis públicos para investigar a requerente.”

Sentença diz que médica buscava “indagar efeitos da vacinação” de covid-19

A juíza enfatizou que as informações requisitadas não poderiam ser tornadas anônimas de maneira segura e que o pedido, mesmo que baseado em interesse científico, não cumpre os critérios legais para a divulgação de dados sensíveis.

A decisão levou em conta que parte das informações está acessível ao público através de plataformas oficiais do Ministério da Saúde.

Por fim, a juíza disse que a ação também indicava uma intenção de indagar os efeitos da vacinação, o que confrontaria “fatos notórios já reconhecidos judicialmente, como a eficácia e a segurança dos imunizantes”.

O veredicto do processo foi de improcedência. Por consequência, a Justiça deu permissão para o bloqueio das contas bancárias da médica para o pagamento da condenação. A médica abordou o caso em suas redes sociais.

As informações são da Revista Oeste

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