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Mauro Cid nega assinatura de minutas golpistas por Bolsonaro em depoimento ao STF

Mauro Cid nega assinatura de minutas por Bolsonaro e relata preocupação com caminhoneiros.

Tenente-coronel afirma que ex-presidente não assinou documentos como estado de defesa ou sítio e relata preocupação com caminhoneiros

Durante depoimento prestado nesta segunda-feira (9) no Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid negou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha assinado qualquer minuta de decreto para estado de defesa ou estado de sítio com o intuito de dar início a um suposto golpe de Estado.

A declaração foi feita em resposta a uma pergunta do ministro Luiz Fux, integrante da Primeira Turma do STF, que conduz os interrogatórios no âmbito da investigação sobre possível tentativa de ruptura institucional.

“Esse documento foi assinado?”, questionou Fux.

Não”, respondeu Cid. “Inclusive, essa era a grande preocupação do comandante do Exército, Freire Gomes. Por isso que ele me chamava várias vezes. O general tinha receio que o presidente assinasse qualquer coisa sem consultar e sem falar com ele antes.”

Preocupações de Bolsonaro com crise após eleições

Cid, que atua como delator premiado no processo, também relatou que Bolsonaro estava preocupado com os desdobramentos pós-eleição, especialmente com a possível paralisação do país por caminhoneiros.

“O presidente tinha preocupação com os caminhoneiros, de eles pararem o país”, disse. “Ele não queria que houvesse manifestação que bloqueasse estradas, porque isso resultaria numa crise econômica que recairia sobre ele.”

Depoimento ocorre em meio a série de interrogatórios no STF

Mauro Cid é o primeiro dos oito investigados a prestar depoimento nesta nova fase da investigação conduzida pelo STF sobre uma suposta trama para anular as eleições de 2022. O depoimento marca o início de uma série de oitivas que envolvem ex-integrantes do governo Bolsonaro, incluindo Anderson TorresAugusto Heleno e Alexandre Ramagem.

 

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