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‘Indicador pizza’: Explosão em pedidos no pentágono precede ataques militares

Analistas usam padrões de entregas alimentares para antecipar operações militares dos EUA

Na noite de quinta-feira (12/6), pizzarias nas redondezas do Pentágono, em Arlington, Virgínia, registraram um aumento incomum nos pedidos. Para muitos, a explosão no consumo de massas às vésperas de um ataque militar não é mera coincidência.

Segundo um analista que comanda a conta Pentagon Pizza Report na rede X, o volume de entregas pode servir como um termômetro da movimentação militar. O perfil passou a monitorar, via dados do Google, o tráfego em pizzarias na região que abriga cerca de 24 mil funcionários militares e civis.

“Às 18h59 (horário do Leste dos EUA), quase todas as pizzarias próximas ao Pentágono experimentaram um ENORME aumento na atividade”, relatou a conta.

Cerca de 10 minutos depois, houve uma queda brusca na movimentação, sugerindo uma pausa breve nas reuniões, que gerou uma onda de pedidos para viagem antes da retomada das atividades.

Vínculo com o ataque de Israel contra o Irã

Por volta das 23h55, mesmo com a maioria dos restaurantes fechando, o District Pizza Palace, que funciona até meia-noite, teve atividade classificada como “mais movimentada do que o normal”.

“Faltando minutos para fechar, o District Pizza Palace […] está enfrentando um enorme aumento no tráfego”, postou a conta.

Lojas da Domino’s a oito quilômetros de distância, próximas à Casa Branca, também apresentaram tráfego acima da média.

Cerca de uma hora e meia depois do pico de pedidos, explosões foram registradas em Teerã. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que o país havia executado um “ataque preventivo contra o Irã”.

Um método não convencional, mas eficaz

A confiabilidade do chamado “índice pizza” começa a atrair a atenção da comunidade de inteligência de fonte aberta (OSINT), que costuma utilizar dados de rastreamento de voos, imagens de satélite e outros elementos para antecipar operações militares.

Ao longo dos anos, padrões de entregas de pizza em Washington se mostraram indicadores consistentes de eventos geopolíticos relevantes. Em entrevista de 2010, o jornalista Wolf Blitzer, ex-repórter militar da CNN, afirmou:

“Sempre soube que havia algum tipo de crise acontecendo na Ala Oeste depois do expediente, quando via a chegada das pizzas. A dica para os jornalistas: sempre monitorem as pizzas.”

Histórico reforça credibilidade da tendência

Exemplos não faltam. Em 1º de agosto de 1990, durante a preparação da invasão do Kuwait por Saddam Hussein, os pedidos de pizza teriam disparado. Na Operação Tempestade no Deserto, em 1991, Frank Meeks, dono de 59 franquias da Domino’s em Washington, afirmou que as encomendas subiam sempre que havia movimentações militares.

Em dezembro de 1998, na Operação Raposa do Deserto contra o Iraque, a Casa Branca teria aumentado em 32% seus pedidos de pizzas com queijo extra, segundo o Washington Post.

Usuários do X chegaram a brincar que, para despistar, o Pentágono deveria pedir hambúrgueres no próximo plantão militar.

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