Alerta: Remédio usado por milhões pode estar ligado ao câncer de intestino
Nova pesquisa financiada pela Cancer Research UK está abrindo caminhos promissores para o diagnóstico precoce de câncer, incluindo o de intestino

Uma pesquisa inovadora financiada pela Cancer Research UK está trazendo novas perspectivas para o diagnóstico antecipado de câncer, incluindo o de intestino. O estudo vai explorar o histórico de compra de medicamentos de venda livre dos pacientes, com o objetivo de encontrar padrões que possam sinalizar a presença da doença meses antes de um diagnóstico oficial.
Pesquisas prévias já indicavam que as mulheres que adquiriam uma quantidade maior de medicamentos para dor e digestão nos meses precedentes a um diagnóstico de câncer de ovário, por exemplo. Agora, o estudo se concentra em um novo sinal de alerta: foi observado uma elevação repentina na aquisição de tratamentos para hemorroidas, como pomadas e laxantes, em conexão com diagnósticos de câncer de intestino. Esta alteração no comportamento de consumo pode se manifestar até quinze meses antes dos pacientes serem notificados sobre sua condição, o que sugere que muitas pessoas estão tentando lidar com os sintomas em casa antes de buscar assistência médica.
A ação no Reino Unido tem como objetivo encontrar mais pacientes apresentando sinais iniciais da doença, por meio da análise de seus registros de medicamentos. Além do câncer de intestino, o projeto espera contribuir para a detecção precoce de outros sete tipos de câncer – incluindo os de pâncreas, estômago, pulmão, mieloma múltiplo e linfoma não-Hodgkin – fase na qual o tratamento é consideravelmente mais efetivo.
Câncer de Intestino em Jovens Preocupa Especialistas
Este novo aviso aparece em um contexto de crescimento de incidências de câncer de intestino em pessoas nas idades de 20, 30 e 40 anos, um fenômeno que confunde médicos globalmente. A Inglaterra, particularmente, é um dos países com a mais rápida escalada de casos precoces da doença, relatando um aumento médio anual de 3,6% entre 2007 e 2017 em pessoas com menos de 50 anos.
