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Conheça a Fortaleza nuclear do Irã que só pode ser destruída por bombas americanas

Bunker subterrâneo de Fordow desafia armamento convencional e amplia tensões geopolíticas

A instalação nuclear de Fordow, localizada próxima à cidade sagrada de Qom, é considerada a mais fortemente protegida do . Construída no interior de uma montanha, a usina abriga centrífugas de enriquecimento de urânio e foi projetada para resistir a ataques aéreos convencionais.

Para neutralizar essa estrutura, apenas uma arma convencional é capaz: a bomba do tipo “bunker buster” GBU-57/B Massive Ordnance Penetrator (MOP), com 13,6 toneladas e seis metros de comprimento. Ela pode atravessar até 60 metros de concreto e rocha, sendo transportada exclusivamente por bombardeiros B-2 dos Estados Unidos.

Capacidade limitada de Israel e estratégias alternativas

Embora Israel seja o principal adversário regional do Irã, não possui armas convencionais com o alcance da MOP. Suas bombas penetrantes, como a GBU-28 e a BLU-109, não atingem os 80 metros de profundidade da instalação.

Como alternativa, Israel tem atacado infraestruturas auxiliares de Fordow, como usinas elétricas, e aposta em operações de sabotagem e ações clandestinas, incluindo o uso de agentes secretos ou forças especiais.

Crescente risco com urânio enriquecido

Desde março de 2023, quando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) detectou urânio enriquecido a 83,7% em Fordow, quase no limite para uso em armamentos nucleares, o local se tornou um ponto crítico nas tensões internacionais. A instalação poderia continuar ativa mesmo que outras estruturas nucleares fossem atacadas.

Presença militar americana e política de contenção

Os Estados Unidos reforçaram sua presença militar no Oriente Médio, deslocando aviões-tanque, caças e porta-aviões para a região. Contudo, o então presidente Donald Trump manteve a proibição histórica de fornecer bombas MOP a Israel, para evitar uma guerra unilateral.

Oficiais americanos confirmam que Israel não consegue destruir Fordow sozinho, e que apenas uma operação conjunta com os EUA teria chances de sucesso parcial. Ainda assim, seria necessário um ataque coordenado e sigiloso, provavelmente a partir da base de Diego Garcia, no Oceano Índico.

Riscos de escalada e contaminação nuclear

Uma ofensiva direta traria repercussões internacionais severas, incluindo riscos de contaminação nuclear, rechaço diplomático e retaliações iranianas contra bases americanas.

O cenário se complica com a existência de outras instalações nucleares iranianas, secretas e protegidas, capazes de manter o programa nuclear mesmo após um ataque a Fordow.

Diplomacia ou sabotagem?

Entre as opções viáveis, destaca-se a estratégia de sabotagem israelense, por meio de ataques cibernéticos e operações clandestinas, que envolvem menor risco de escalada regional, mas com desafios operacionais relevantes.

A via diplomática, com inspeções rigorosas da AIEA e negociações multilaterais, é defendida pela maior parte da comunidade internacional, mas enfrenta impasses diante da postura firme do governo iraniano.

Mesmo com um ataque de B-2 e MOPs, especialistas alertam que a destruição total de Fordow exigiria vários bombardeios e missões especiais para avaliar os danos.

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