Por: Pablo Carvalho
Erika Hilton (PSOL-SP) tentou se defender das acusações de uso de verba pública em cirurgia estética e na contratação de maquiadores, mas a cada explicação, a situação parece se complicar. Após reportagem do Metrópoles apontar reembolso de R$ 24,7 mil pela Câmara em despesas médicas, a parlamentar apresentou notas fiscais alegando que o procedimento no nariz era para tratar sinusite crônica. Uma rinoplastia estética, ela garante, foi paga do próprio bolso.
A versão de Erika Hilton, contudo, não convence a todos. Ela afirma ter feito dois procedimentos no nariz: um médico e outro estético, este último com recursos próprios no valor de R$ 22 mil. A justificativa de que “todos os parlamentares ressarcem despesas médicas” soa como um desvio do foco principal da polêmica. A defesa da deputada, que se diz vítima de “perseguição” e “ataque mentiroso”, não apaga a desconfiança gerada pela complexidade de suas explicações sobre a cirurgia.
Para piorar, a deputada ainda enfrenta outra grave acusação: a de empregar dois maquiadores com dinheiro da Câmara. A oposição já acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar possível improbidade administrativa. Erika Hilton se defende dizendo que os profissionais são “secretários parlamentares” que a assessoram em agendas, preparam relatórios e lidam com a população. Mas os salários, um deles de cerca de R$ 9 mil, e as funções “típicas” de maquiadores lançam uma sombra sobre a real utilização dos recursos públicos.
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