
O apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, será novamente processado por supostas declarações homofóbicas feitas ao vivo durante a edição do Programa do Ratinho exibida na terça-feira (1º). A ação será movida pelo deputado estadual Agripino Magalhães Júnior (MDB-SP), ativista de direitos humanos e militante LGBTQIAPN+.
Durante o programa, o humorista Robson Bailarino fez uma pergunta que gerou polêmica:
“Como é que chama homem afeminado?”
O personagem Faxinildo respondeu com termos pejorativos:
“Baitola, boiola.”
Bailarino repetiu os termos, gerando repercussão negativa nas redes sociais e protestos da comunidade LGBTQIA+.
Incitação ao ódio e injúria racial
Em nota oficial, o deputado Agripino declarou:
“O programa do apresentador Ratinho no SBT continua praticando crimes. No programa de hoje, ao vivo, um integrante da equipe do mesmo, junto com um convidado, praticaram novamente crimes de LGBTQIAPN+fobia, que agora é considerado como crime de injúria racial. Mais uma vez, o apresentador e o programa serão processados.”
Agripino afirmou que a ação judicial inclui processo por incitação ao ódio e discriminação, citando que tais práticas estão enquadradas atualmente como injúria racial, conforme decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Histórico de processos e declarações controversas
Esta não é a primeira vez que Ratinho é processado pelo parlamentar. Em 2023, o apresentador foi alvo de outra ação judicial após dizer que a Parada do Orgulho LGBT+ não deveria acontecer na Avenida Paulista, por ser “um lugar de família”. Ele sugeriu que o evento fosse transferido para o Sambódromo do Anhembi, referindo-se à manifestação como “carnaval dos viados e das sapatões”.
Na ocasião, o deputado também acionou a Justiça, alegando que as falas do apresentador contribuíam para o aumento da violência e do preconceito contra a comunidade LGBTQIA+.
SBT ainda não se pronunciou
Até o momento, nem Ratinho nem o SBT emitiram nota oficial ou comentários públicos sobre a nova acusação. O caso agora segue para apreciação da Justiça, podendo resultar em sanções penais e civis caso a denúncia seja acatada.