
Vice-presidente destaca sabedoria do ministro do STF e lamenta investimentos globais em guerras
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou neste sábado (5) que o Brasil é um país de paz e que seu papel no Brics deve ser de promover o desenvolvimento econômico e a cooperação internacional. A declaração foi feita durante coletiva no Fórum Empresarial do Brics, realizado no Pier Mauá, região portuária do Rio de Janeiro, sob organização da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“O Brasil é um país de paz. O presidente Lula lamenta os investimentos recordes com armamento e guerra enquanto há fome e miséria no mundo”, enfatizou Alckmin.
Ele estava acompanhado por Sidônio Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).
Expansão do Brics e papel do banco multilateral
Alckmin comentou também a entrada da Colômbia e do Usbequistão no Banco do Brics, que elevou para 11 o número de países-membros. Segundo ele, a decisão é interna da instituição, mas a diversidade é positiva:
“Ajuda na complementaridade econômica. O Banco do Brics é importante para avançarmos na inovação na indústria e no comércio exterior.”
O grupo fundado por Brasil, Rússia, Índia e China, posteriormente ampliado com a África do Sul, passou a contar recentemente com Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. Com a adesão de Colômbia e Usbequistão, o bloco expande sua influência. A Arábia Saudita também participa das reuniões, mas ainda não oficializou sua entrada.
Como anfitrião em 2025, o Brasil convidou Belarus, Bolívia, Cuba, Nigéria, Casaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Usbequistão para integrar debates mais amplos.
Alckmin elogia Moraes e prega conciliação
Al comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender os decretos do IOF, Alckmin disse que o magistrado “teve sabedoria”, mas reiterou a necessidade de diálogo entre os poderes:
“MORAES TEVE SABEDORIA EM DECISÃO SOBRE IOF”
“O Supremo interpreta a Constituição e nós entendemos que os decretos são atribuição do Executivo. Mas o caminho é do diálogo. Vamos aguardar o dia 15. Estamos otimistas.”
A decisão de Moraes é parte de ações que tramitam no STF sobre o IOF e intensificou o clima de tensão entre o Executivo e o Congresso. O ministro marcou uma audiência de conciliação entre os Três Poderes para 15 de julho, em Brasília.