
A sessão na Câmara dos Deputados desta terça-feira, 15, foi marcada por um acalorado debate. Carlos Jordy (PL-RJ) foi confrontado pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), após acusações relacionadas à remoção de um destaque da PEC dos Precatórios.
A atmosfera ficou tensa quando Jordy alegou que a remoção de uma parte do texto contradizia o desejo da liderança do PL. Segundo ele, a ação foi implementada sem a aprovação de Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido.
Imediatamente, Hugo Motta refutou. Conforme o presidente da Câmara afirmou, nenhum membro da mesa teria atuado sem suporte formal.
“A secretaria-geral da mesa não retiraria um destaque sem autorização do líder”, disse Motta. “Queria que o senhor ligasse para o seu líder e viesse aqui para a mesa, porque nesta mesa tem pessoas de bem que jamais tirariam um destaque sem autorização do líder.”
O debate ficou mais acirrado. Jordy afirmou que tanto o PL quanto a minoria poderiam votar contra o texto se o destaque não fosse restaurado. Com uma resposta firme, Motta reagiu.
“Eu não funciono na base da ameaça”, argumentou o presidente da Câmara. “O senhor orienta como quiser. O senhor não coloque as coisas assim diante dessa presidência. Eu não admito isso de ‘se fizer isso, eu faço isso’. Comigo não funciona.”
🚨URGENTE – Hugo Motta age igual um ditador e começa a gritar com o deputado Carlos Jordy dentro da Câmara
“Eu não funciono sobre ameaça. Vossa excelência orienta como quiser! Eu não admito isso” pic.twitter.com/EMDxju13jF
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) July 16, 2025
Depois que a troca de farpas foi concluída, Motta anunciou que o tempo para a apresentação de destaques já havia terminado. A votação do segundo turno continuou. No final, a PEC dos Precatórios recebeu aprovação.
Embora tenha havido um impasse, a votação da PEC progrediu. O governo foi capaz de reunir um apoio sólido o suficiente para assegurar a aprovação no segundo turno. No total, houve 367 votos a favor e 97 contra, uma quantidade bem superior ao mínimo de 308 votos necessários para emendas constitucionais.
Todos os destaques apresentados foram rejeitados pelo plenário. A análise da matéria foi encerrada pelo presidente da Câmara à 0h10. Posteriormente, ele solicitou a Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, que a proposta fosse levada à votação no mesmo dia.
As informações são da Revista Oeste