
O ex-ministro Aldo Rebelo, que participou de diferentes governos e foi aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez críticas contundentes à atual gestão federal. Em entrevista recente, Rebelo afirmou que Lula “parece um homem atormentado” e que sua atuação política tem contribuído para dividir ainda mais o Brasil, em vez de promover estabilidade e conciliação.
Pautas identitárias e divisões sociais
Para Rebelo, a liderança de Lula tem se afastado de um projeto de união nacional, optando por temas identitários e comportamentais que, segundo ele, não atendem às necessidades da maioria da população:
“O país precisa muito menos de divisão e muito mais de união. E essa agenda do identitarismo, do comportamento, não une o Brasil”.
O ex-deputado criticou a retórica de “ricos contra pobres” empregada pelo governo, alegando que isso aprofunda conflitos em vez de buscar soluções inclusivas.
Alerta sobre aumento de impostos e crise fiscal
Outro ponto levantado por Aldo Rebelo foi o risco econômico associado à proposta de aumento da carga tributária. Ele questionou os reais beneficiários dessa medida:
“A quem interessa aumentar impostos? Aos bancos, para garantir os juros, e ao governo, que quer gastar mais. Mas de onde vai tirar, se a economia não está crescendo e não há arrecadação?”
Rebelo argumentou que, sem crescimento econômico real, a elevação de impostos pode agravar a crise fiscal do país.
Crítica à falta de diálogo e escuta
O ex-ministro também abordou o estilo de liderança de Lula, alegando que o presidente demonstra pouca disposição para o diálogo com diferentes setores da sociedade:
“Lula não tem paciência para ouvir”,
o que, segundo ele, revelaria um estado pessoal de tormento ou insatisfação.
Crescimento da crítica entre ex-aliados
As declarações de Rebelo refletem um movimento crescente entre figuras que já integraram governos do PT, mas hoje assumem uma postura crítica frente à administração atual. Para ele, a saída para os impasses nacionais passa pela retomada do crescimento, por uma escuta ativa e por uma agenda que supere os extremos políticos.