
O Departamento de Estado dos Estados Unidos divulgou nesta terça-feira (15) que o presidente Donald Trump enviou uma carta oficial criticando severamente o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes, e o governo do presidente Lula. Segundo a nota, foram determinadas “consequências há muito esperadas” contra os dois alvos, em resposta ao que foi classificado como ataques a Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio norte-americano.
O texto aponta que tais medidas são uma reação a ações consideradas autoritárias por parte do Judiciário brasileiro e do governo federal. Trump teria afirmado que os episódios recentes configuram “uma vergonha” e que estão “muito aquém da dignidade das tradições democráticas do Brasil”. No entanto, o governo americano não revelou quais serão exatamente as sanções ou medidas adotadas.
Moraes e Lula sob pressão direta
A tensão entre os governos se agravou após decisões do STF consideradas censórias, que atingiram plataformas digitais e restringiram perfis aliados a Bolsonaro. O presidente americano, ao longo das últimas semanas, passou a acusar o Judiciário brasileiro de promover uma “caça às bruxas” contra seu aliado político no Brasil.
Congresso dos EUA mira o STF
Parlamentares norte-americanos vêm pressionando por sanções diretas ao ministro Alexandre de Moraes, com base em legislações internacionais voltadas ao combate de violações de direitos civis, como a Lei Magnitsky. Deputados norte-americanos reforçaram que o Judiciário brasileiro ultrapassou limites aceitáveis de interferência institucional.
Governo Lula busca minimizar impacto
Apesar das ameaças, o governo brasileiro tenta despolitizar a crise e reforçar que o Brasil possui instituições sólidas e independentes. Ainda assim, a retaliação anunciada por Trump amplia a tensão diplomática entre os países e pode afetar diretamente relações comerciais e jurídicas.