
Segundo Chiquini, a medida comprova que Cid foi “usado e depois descartado”
O pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o perdão judicial inicialmente previsto no acordo de delação premiada não seja concedido ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid, foi rebatido por Jeffrey Chiquini, advogado de Filipe Martins. Chiquini afirmou que a ação demonstra que Cid foi “usado e depois descartado”.
“Mauro Cid vendeu a alma para o diabo e foi traído. Mentiu descaradamente, acusou inocentes, traiu amigos — e vai preso”, escreveu o advogado nas redes sociais. Ele destacou trecho das alegações finais do “Núcleo 1” da denúncia apresentada pelo procurador-geral Paulo Gonet, em que o Ministério Público Federal (MPF) afirma que, “por omissões e descumprimento do acordo”, Cid não merece o perdão judicial.
A Procuradoria Geral da República sugeriu uma diminuição de apenas um terço da sentença de Cid, que pode receber uma condenação de 16 anos de prisão – em detrimento dos 48 anos inicialmente previstos. De acordo com Chiquini, isso evidencia que o militar, que ajudou nas investigações que envolvem Jair Bolsonaro e seus aliados, não recebeu a proteção que se esperava da delação. “Eu sempre disse isso: Mauro Cid seria usado e depois descartado — e foi!”, acrescentou.
A solicitação da PGR surge durante novas audiências no Supremo Tribunal Federal (STF), onde Cid forneceu detalhes sobre as viagens e ações do ex-presidente e sua equipe.