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Vídeo: Coreia do Sul enfrenta infestação de moscas parasitas e acende alerta climático

Infestação de moscas parasitas invade Seul e levanta alerta climático; casos viralizam e impactam rotina urbana.

“Lovebugs” se espalham por Seul, cobrem prédios e trilhas, causam mau cheiro e assustam moradores e celebridades

A Coreia do Sul está enfrentando uma preocupante infestação de “lovebugs”, insetos da espécie Plecia nearctica, também conhecidos como moscas-de-março. Esses insetos, que voam grudados em pares durante o acasalamento, têm coberto cidades como Seul e Incheon em nuvens densas, formando pilhas de cadáveres malcheirosos após morrerem em massa.

Embora inofensivos à saúde humana, os “lovebugs” estão causando repulsa, prejuízo e transtornos à população local. Especialistas afirmam que o fenômeno está ligado ao aquecimento global, que tem criado condições climáticas mais propícias à proliferação desses insetos, originalmente encontrados em regiões quentes do sul da China.

Celebridades reagem e vídeos viralizam

O fenômeno se tornou viral nas redes sociais e envolveu até astros do BTS. O líder RM foi flagrado xingando após ser surpreendido por um inseto, enquanto Jin reagiu soprando um deles durante apresentação. A comoção chegou a tal ponto que youtubers criaram conteúdos temáticos, com um deles até preparando e comendo um “hambúrguer” feito de lovebugs.

“Não é ruim. É bem gostoso”, afirmou o influenciador no vídeo que ultrapassou 648 mil visualizações.

Em outro registro, os influenciadores Kim Ji-young e Sam Jung gravaram-se vestidos de branco (cor que atrai os insetos), sendo completamente cobertos pelas moscas.

Impactos reais no cotidiano e alerta ambiental

Em regiões como o mercado Daejo, no distrito de Eunpyeong, donos de restaurantes enfrentam dificuldades para manter os alimentos livres dos insetos. “Queria almoçar sem me preocupar se um lovebug vai cair no meu rosto ou na comida”, desabafou Chang Seo-young, de 48 anos.

Na montanha Gyeyangsan, em Incheon, a situação é tão grave que os montes de insetos mortos chegaram a 10 cm de altura. “Andar sobre eles parecia pisar numa almofada”, relatou Jung Yong-sun, responsável pelo controle de pragas.

Vídeo:

A diretora da Agência de Controle de Doenças da Coreia, Ju Jung-won, explicou:

“Insetos se desenvolvem mais rápido com calor. O clima de regiões tropicais está se estabelecendo aqui, e por isso eles sobrevivem”.

Invasão sinaliza crise ambiental mais ampla

Desde que os lovebugs foram detectados pela primeira vez em 2015, o crescimento da população desses insetos foi acelerado a partir de 2022. Segundo Park Sun-jae, do Instituto Nacional de Recursos Biológicos.

A infestação tem mobilizado autoridades e serviços públicos, que tentam lidar com os cadáveres e diminuir o impacto urbano, mas o problema tende a se repetir e intensificar nos próximos anos, caso não haja medidas eficazes de contenção ambiental e urbanística.

 

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