Boato sobre Kim Jong Un e “Teste de Ozempic” na população Norte-Coreana é falso
Alegações virais sobre o líder experimentar medicamento em cidadãos antes de si não têm fundamento e expõem a disseminação de desinformação online

Uma alegação que rapidamente se espalhou pelas redes sociais e chegou a ser tratada como notícia em alguns meios menos rigorosos dava conta de que o ditador norte-coreano, Kim Jong Un, teria a intenção de testar os efeitos do medicamento Ozempic em sua população antes de utilizá-lo pessoalmente. A suposta motivação, ligada aos efeitos de perda de peso do fármaco, ganhou força devido ao histórico de informações controversas acerca do regime da Coreia do Norte e da saúde de seu líder. No entanto, a informação sobre Kim Jong Un querer experimentar o Ozempic na população norte-coreana é categoricamente falsa.
A notícia, que carece de qualquer fonte oficial ou evidência verificável, exemplifica o fenômeno da desinformação que prolifera no ambiente digital. A Coreia do Norte, um dos países mais isolados e opacos do mundo, frequentemente é alvo de especulações e rumores, que, na ausência de informações concretas, podem facilmente ser tomados como verdade.
A história em questão seguiu um padrão comum de notícias falsas: um conteúdo sensacionalista, com apelo à estranheza e à crítica de um regime autoritário, é lançado sem comprovação e rapidamente compartilhado, ganhando proporções virais. A falta de checagem de fatos e a credulidade de muitos usuários contribuem para a disseminação dessas informações errôneas.
É crucial ressaltar a importância da verificação de fontes antes de compartilhar qualquer notícia, especialmente aquelas que parecem inacreditáveis ou que não são veiculadas por órgãos de imprensa confiáveis. No caso específico do suposto plano de Kim Jong Un com o Ozempic, nenhuma agência de notícias internacional de reputação confirmou a informação, e tampouco houve qualquer comunicado oficial da Coreia do Norte a respeito.
A disseminação de notícias falsas como essa não apenas desinforma o público, mas também pode banalizar informações sérias e dificultar a distinção entre fatos e boatos. Em um mundo cada vez mais conectado, a responsabilidade de verificar a veracidade do conteúdo que consumimos e compartilhamos é fundamental para combater a desinformação e promover um debate público mais saudável e baseado em fatos. Portanto, a alegação sobre Kim Jong Un e o Ozempic deve ser tratada como mais um exemplo de narrativa falsa que explora a desconfiança e a curiosidade em relação a regimes fechados.
Da redação Midia NewsFlávio Fontoura