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Acessibilidade em Obras Públicas: Fiscalização e Desafios

A Acessibilidade nessas obras não é negociável

As Obras Públicas – escolas, hospitais, pontes, estradas e praças – representam a manifestação física do poder e da responsabilidade do Estado. A Acessibilidade nessas obras não é negociável; é um requisito legal e ético. Contudo, o processo está repleto de Desafios na Fiscalização, resultando em estruturas que, apesar de serem novas, já nascem com graves falhas de inclusão.

O Desafio na Fase de Projeto e Licitação

O primeiro ponto de falha ocorre na fase de projeto. Muitas vezes, o projeto básico ou executivo é elaborado sem a participação de arquitetos e engenheiros especialistas em Design Universal, ou as normas são ignoradas para “cortar custos”.

O desafio de fiscalização aqui é:

  1. Revisão do Projeto: Garantir que o edital de licitação e o projeto contratado exijam e detalhe rigorosamente o cumprimento da NBR 9050 em todos os aspectos, desde a inclinação de rampas até a altura de balcões.

  2. Qualificação Técnica: Exigir que as empresas licitantes comprovem experiência e qualificação técnica em acessibilidade.

Fiscalização no Canteiro de Obras

A fiscalização durante a execução da obra é um momento crucial. É comum que as equipes de obra, por falta de conhecimento ou pressa, negligenciam detalhes técnicos vitais:

  • Inclinação das Rampas: A barreira mais comum é a rampa muito íngreme ou a rampa construída com piso escorregadio.

  • Piso Tátil: Instalação incorreta do piso tátil (sem o alinhamento ou contraste de cor adequados) que confunde e desorienta o deficiente visual.

  • Largura de Portas e Banheiros: O não cumprimento das dimensões mínimas exigidas para manobra de cadeiras de rodas.

Responsabilidade e Sanções

Para superar esses desafios, o governo deve:

  • Fortalecer a Equipe Fiscalizadora: Treinar e equipar os fiscais de obras públicas para que sejam rigorosos na verificação das normas de acessibilidade.

  • Aplicar Sanções: Impor multas severas e exigir a refacção dos trechos não conformes (o que eleva o custo da falha) e, em casos extremos, responsabilizar civil e criminalmente os gestores e a empresa contratada.       Prospectar obras

Garantir a acessibilidade em obras públicas é um imperativo da justiça social. O Estado deve dar o exemplo, transformando suas construções em modelos de inclusão.

Fonte: Izabelly Mendes

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