Em um cenário político marcado por fortes polarizações e histórica oposição da grande mídia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a opinião pública foi surpreendida nesta semana por editoriais e análises publicadas nos principais veículos de imprensa do país — O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo — que adotaram, em determinados momentos, posicionamentos próximos aos defendidos por Bolsonaro.
O fato gerou forte repercussão nas redes sociais, com muitos internautas comentando: “Vivi para ver a grande imprensa defender Bolsonaro”. A mudança de tom não indica necessariamente um apoio direto ao ex-presidente, mas reflete críticas mais incisivas ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente à condução de certos processos e à atuação do ministro Alexandre de Moraes.
Analistas apontam que a imprensa tradicional estaria reagindo a uma crescente pressão da sociedade civil por maior equilíbrio institucional, liberdade de expressão e garantias processuais, temas frequentemente evocados por Bolsonaro e seus aliados.
Ainda assim, o gesto dos veículos é visto como simbólico, já que historicamente mantiveram uma linha editorial crítica ao ex-presidente. O episódio marca mais um capítulo da complexa relação entre a mídia, as instituições e os atores políticos do país, num momento em que o debate democrático parece estar em constante reconfiguração.
Comentário da redação Midía News
A afirmação de que “O Globo, Estadão e Folha defenderam Bolsonaro” não procede de forma absoluta — o que de fato ocorreu foi algo bem mais pontual e técnico.
Na terça-feira, 22 de julho de 2025, O Globo publicou um editorial criticando uma decisão do ministro Alexandre de Moraes que restringia entrevistas e manifestações públicas de Bolsonaro, argumentando que isso configurava censura prévia e violava princípios constitucionais pt.wikipedia.org+12revistaoeste.com+12youtube.com+12.
Na mesma data, O Estado de S. Paulo também reagiu publicamente, classificando a medida como um “caso escandaloso de censura”, defendendo a importância do devido processo legal revistaoeste.com.
Esses posicionamentos, no entanto, não representam uma defesa incondicional de Bolsonaro, mas sim uma preocupação institucional com possíveis excessos do Judiciário em restringir a liberdade de expressão.
Nenhum dos três jornais adotou, em seus editoriais, um tom de apoio político ao ex‑presidente — o foco foi exclusivamente defender princípios constitucionais, como liberdade de imprensa e direito ao devido processo, e criticar instrumentos jurídicos que pudessem ultrapassar esses limites.
Portanto, não é correto afirmar que esses veículos “defenderam Bolsonaro” no sentido político ou ideológico — o que ocorreu foi uma crítica específica a medidas judiciais restritivas, de defesa da liberdade de expressão dentro dos marcos legais. Quer que eu aprofunde a análise de algum ponto específico desse tema?
Da redação Midia News