Ucrânia Propõe Nova Rodada de Negociações com a Rússia em Busca de Cessar-Fogo
Proposta Surge em Meio a Alerta de Nova Ofensiva Russa e Pressão Internacional por Paz

Em um movimento diplomático que reacende as esperanças de paz, a Ucrânia enviou uma oferta formal à Rússia para uma nova rodada de negociações. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou neste sábado (19) que Kiev propôs a Moscou que o encontro ocorra já na próxima semana, com o objetivo de acelerar as tratativas por um cessar-fogo duradouro.
A iniciativa ucraniana, comunicada por Rustem Umerov, chefe de negociações da Ucrânia, vem em um momento de intensificação de ataques russos e crescente pressão internacional por uma solução para o conflito. Duas rodadas anteriores de discussões, realizadas em Istambul nos últimos cinco meses, produziram resultados limitados, focando principalmente em trocas de prisioneiros, mas sem avanços significativos para o fim da guerra.
Zelensky, em seu discurso noturno à nação, enfatizou a urgência de progresso: “Tudo deve ser feito para alcançar um cessar-fogo. O lado russo deve parar de se esconder das decisões.” Ele também reiterou sua disposição de se reunir pessoalmente com o presidente russo, Vladimir Putin, afirmando que “um encontro em nível de liderança é necessário para garantir verdadeiramente a paz, uma paz duradoura.”
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A proposta ucraniana ocorre em meio a um cenário de grande volatilidade. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria dado à Rússia um prazo de 50 dias para chegar a um acordo de paz, sob ameaça de sanções adicionais. Enquanto isso, autoridades ucranianas alertam para a possibilidade de novas ofensivas russas, com sinais de mobilização de 50 mil soldados nas proximidades da região de Sumi, no nordeste do país.
Até o momento, o Kremlin não se manifestou publicamente sobre a nova proposta. O governo russo tem sinalizado repetidamente que está pronto para uma nova rodada de negociações, mas sem recuar em relação aos ataques. Moscou já havia rejeitado anteriormente a possibilidade de uma cúpula entre Zelensky, Putin e Trump, alegando que apenas “acordos concretos” podem justificar uma reunião entre chefes de Estado.
A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos, com a expectativa de que este novo esforço diplomático possa finalmente abrir caminho para o fim das hostilidades e o estabelecimento de uma paz na região.
Da redaçâo: Midia News