
O assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002, continua sendo um dos maiores enigmas da política brasileira, com as investigações e depoimentos ao longo dos anos sempre esbarrando em um suposto esquema petista e uma série de estranhas coincidências que cercam o crime. A morte de Daniel, inicialmente tratada como um sequestro seguido de latrocínio, ganhou contornos de execução política, levantando suspeitas sobre o envolvimento de figuras de alto escalão do Partido dos Trabalhadores (PT) em um esquema de corrupção.
Ao longo de mais de duas décadas, testemunhas-chave e investigadores apontaram para a ligação entre a morte de Celso Daniel e um esquema de arrecadação ilegal de fundos para o PT, que teria sido descoberto e combatido pelo prefeito. A tese de que Daniel teria sido executado por saber demais sobre essa trama ganhou força com as mortes misteriosas de outras testemunhas ligadas ao caso, alimentando a teoria das “coincidências” que impediram o avanço das investigações.
Detalhes como a forma como o corpo de Daniel foi encontrado, a suposta simulação de um sequestro e a posterior morte de sete pessoas direta ou indiretamente ligadas ao caso, todas em circunstâncias consideradas suspeitas, mantêm o mistério vivo. Essas “coincidências” incluem suicídios contestáveis, acidentes de trânsito e até doenças súbitas, que, para muitos, serviram para silenciar aqueles que poderiam lançar luz sobre o verdadeiro mandante do crime.
Apesar de a versão oficial apontar para o latrocínio, a sombra do esquema petista e das estranhas coincidências continua a pairar sobre o caso Celso Daniel. A cada nova revelação ou documentário, a sociedade se pergunta se um dia a verdade completa virá à tona sobre um dos assassinatos mais emblemáticos e politicamente sensíveis da história recente do Brasil.
Da Redação Midia News