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“O sistema não me quer preso. O sistema me quer morto”, desabafa Bolsonaro

Ex-presidente adota tom dramático e se diz alvo de perseguição sistemática por parte das instituições

Em mais um discurso carregado de tensão e desabafo, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (26) que é vítima de uma perseguição implacável. “O sistema não me quer preso. O sistema me quer morto”, declarou, em tom grave, durante um encontro com apoiadores em Brasília.

A declaração, recebida com aplausos e expressões de solidariedade por parte da plateia, reforça a narrativa adotada por Bolsonaro de que está sendo alvo de uma operação articulada por setores do Judiciário, da imprensa e da política nacional. O ex-presidente voltou a criticar ministros do Supremo Tribunal Federal, sem citar nomes diretamente, e afirmou que sua liberdade e integridade física estão em risco.

“Não se trata apenas de me calar. Eles sabem que eu, livre, represento um movimento que não vai se curvar”, afirmou. A fala ocorre em meio a uma série de investigações que envolvem o ex-presidente, inclusive sobre suposta tentativa de golpe e uso indevido da máquina pública.

Bolsonaro não apresentou provas concretas sobre a suposta ameaça de morte, mas a insinuação ecoa entre seus apoiadores, muitos dos quais têm repetido nas redes sociais que “ele está sendo caçado”.

Do lado oposto, parlamentares da esquerda e ministros do governo Lula reagiram com críticas. “Esse tipo de discurso alimenta o extremismo e a paranoia coletiva. É perigoso para a democracia”, afirmou um deputado do PT, sob condição de anonimato.

Enquanto o clima de polarização se acirra, Bolsonaro reafirmou que continuará ativo politicamente e que não teme o que chamou de “armadilhas do sistema”. “Se querem me derrubar, terão que encarar milhões comigo. Não estou sozinho.”

Da redação Midia News

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