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STF Barrou restrição a protestos na praça dos três poderes, mas Moraes desafia precedente

Decisão anterior do supremo garantiu liberdade de manifestação em area central de Brasília, ignorada em recente posicionamento

Em um cenário de crescente tensão política, a Praça dos Três Poderes, palco de inúmeras manifestações históricas em Brasília, volta ao centro do debate sobre a liberdade de protesto. Embora o Supremo Tribunal Federal (STF) já tenha se posicionado no passado contra qualquer restrição que impeça a realização de atos democráticos nesse local emblemático, decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes parecem ignorar esse precedente, gerando questionamentos sobre a segurança jurídica e o direito à livre expressão.

A discussão ressurge em meio a manifestações e contramanifestações que buscam ocupar o espaço cívico mais importante do país. A Praça dos Três Poderes, que abriga o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o próprio STF, é por sua natureza um símbolo da democracia brasileira e, como tal, tem sido palco natural para a expressão popular. A restrição a protestos nessa área, portanto, toca diretamente na essência do direito constitucional à reunião e manifestação.

A situação atual contrasta com entendimentos anteriores da Corte Suprema, que já havia deliberado sobre a inconstitucionalidade de medidas que visavam limitar ou proibir a aglomeração de pessoas na praça para fins de protesto. A desconsideração dessa jurisprudência pelo ministro Moraes levanta preocupações entre juristas e defensores dos direitos humanos, que veem na medida um possível enfraquecimento das garantias constitucionais. A polêmica intensifica o debate sobre os limites do poder judiciário e a preservação do Estado Democrático de Direito no Brasil.

Da redação Midia News

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