
O governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (30) a imposição de sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida foi tomada com base na Lei Global Magnitsky, usada por Washington para punir autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos.
As sanções incluem o congelamento de eventuais bens do magistrado em território norte-americano e a proibição de transações financeiras entre ele e cidadãos dos EUA. Segundo o Departamento do Tesouro, Moraes foi alvo da punição por sua atuação considerada “excessiva e politicamente motivada” contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o próprio.
A decisão representa uma escalada sem precedentes nas tensões diplomáticas entre o governo americano e o Judiciário brasileiro, que já vinha sendo pressionado por setores bolsonaristas nos Estados Unidos. Parlamentares republicanos, como o senador Marco Rubio, já haviam defendido publicamente medidas contra Moraes e outros ministros do STF.
A Casa Branca não se pronunciou oficialmente, mas fontes ligadas ao Departamento de Estado afirmam que a decisão partiu do próprio presidente Trump, que vê nas ações de Moraes uma afronta à liberdade política e à soberania popular brasileira.
Em resposta, o Itamaraty informou que acompanha com atenção o caso e aguarda esclarecimentos formais de Washington. O STF, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre o episódio.
As sanções ocorrem em meio a um ambiente político tenso no Brasil, onde Moraes é uma das figuras centrais em investigações que envolvem ataques à democracia e tentativas de golpe após as eleições de 2022. Para aliados de Bolsonaro, a ação americana reforça as críticas de que o Judiciário brasileiro atua de forma parcial.
Com isso, o caso pode abrir um novo capítulo na já conturbada relação entre os poderes no Brasil e trazer repercussões internacionais para o futuro político de Alexandre de Moraes e do próprio sistema judicial brasileiro.
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Da redação Midia News.