
O cenário político brasileiro ganhou novos contornos nesta quarta-feira (30), após a sanção do governo dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em resposta imediata e contundente, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, saiu em defesa de Moraes, utilizando-se de uma retórica que surpreendeu a muitos: passagens bíblicas.
A decisão norte-americana, cujos detalhes completos ainda não foram divulgados, gerou um turbilhão de reações no Brasil. No entanto, foi a postura de Dino que chamou a atenção. Durante uma coletiva de imprensa convocada às pressas, o ministro enfatizou a importância da soberania nacional e da independência dos poderes. “Ninguém pode se arvorar ao direito de intervir nos assuntos internos de um país soberano”, declarou Dino, visivelmente contrariado com a medida externa.
Para reforçar sua argumentação, Flávio Dino fez referência a trechos da Bíblia, sublinhando a ideia de que a justiça e a verdade prevalecem, mesmo diante de adversidades e perseguições. “Como ensinam as escrituras, ‘bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos'”, citou o ministro, associando a figura de Moraes a um defensor incansável da ordem jurídica brasileira. A utilização de referências religiosas, incomum no discurso político de Dino, sinaliza a gravidade com que o governo brasileiro encara a sanção imposta.
A sanção a Moraes levanta questões sobre as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e o impacto que tais medidas podem ter na estabilidade institucional do país. A defesa veemente de Dino, com seu inesperado apelo à Bíblia, busca não apenas proteger o ministro do STF, mas também enviar uma mensagem clara sobre a autonomia do sistema judiciário brasileiro frente a pressões externas.
Da redação Midia News