
Uma pesquisa recente divulgada pela revista científica Spine sugere que a composição muscular do tronco pode ser um indicador crucial para prever o risco de desenvolvimento de dor crônica nas costas. O estudo, que analisou a musculatura de um grupo de pacientes com e sem histórico de dor lombar, revelou uma correlação entre o desequilíbrio na composição dos músculos do abdômen e das costas e a maior propensão a sentir dores persistentes.
Os pesquisadores observaram que indivíduos com dor lombar crônica apresentavam uma proporção menor de músculos profundos, responsáveis pela estabilidade da coluna, em comparação com os músculos mais superficiais. Essa disparidade, segundo os autores, pode levar a uma sobrecarga em certas áreas da coluna, resultando em dor e inflamação a longo prazo.
A descoberta abre novas perspectivas para a prevenção e tratamento da dor crônica nas costas, uma das queixas mais comuns em consultórios médicos. A partir de exames de imagem, como a ressonância magnética, os médicos poderiam avaliar a composição muscular de seus pacientes e identificar precocemente aqueles com maior risco. Isso permitiria a implementação de programas de exercícios físicos focados no fortalecimento da musculatura profunda e na melhora da estabilidade da coluna, antes que a dor se torne crônica.
A pesquisa reforça a importância da prática regular de atividades físicas, especialmente aquelas que trabalham o core (o conjunto de músculos que sustentam o tronco), como pilates e ioga. A manutenção de uma musculatura equilibrada e forte é uma das principais formas de proteger a coluna vertebral e evitar o desenvolvimento de problemas futuros.
Da redação Midia News