Em um dia de grande volatilidade, o Banco do Brasil viu seu valor de mercado despencar em R$ 7,7 bilhões. A queda drástica nas ações da instituição financeira, negociadas na bolsa de valores, foi impulsionada por temores de uma possível intervenção do governo em sua gestão.
O gatilho para a desvalorização foi a notícia de que o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, estaria prestes a deixar o cargo. A saída, supostamente motivada por divergências com o presidente da República, Jair Bolsonaro, gerou incerteza entre os investidores, que interpretaram o movimento como um sinal de que a independência da gestão do banco poderia estar ameaçada.
O Banco do Brasil, apesar de ser uma empresa de capital misto, tem o governo como acionista majoritário. No entanto, a gestão de Brandão era vista pelo mercado como técnica e distante de influências políticas, o que garantia a confiança dos investidores. A possibilidade de uma mudança na direção, com a entrada de um nome mais alinhado politicamente, acendeu o alerta e provocou a debandada de acionistas.
A perda bilionária ressalta a sensibilidade do mercado a qualquer indício de interferência governamental em empresas estatais. A incerteza política, somada à importância do Banco do Brasil para o sistema financeiro, fez com que os investidores se desfizessem de suas ações rapidamente, resultando na forte queda observada.
Da redação Midia News
