
Enquanto a Argentina, sob a liderança de Javier Milei, celebra uma aproximação econômica com os Estados Unidos e a consequente atração de investimentos, o Brasil enfrenta um cenário de preocupação com a recente escalada de impostos e tarifas. A política de austeridade fiscal e desregulação de Milei, que inclui o corte de gastos públicos e a busca por um superávit fiscal, tem sido vista com bons olhos pelo mercado financeiro global, especialmente em Washington.
A abertura econômica e a tentativa de dolarização da economia argentina, embora controversas internamente, têm gerado um ambiente de confiança para investidores estrangeiros. A visita de autoridades do governo argentino aos EUA e o alinhamento com a agenda de livre mercado do país têm pavimentado o caminho para acordos comerciais e a entrada de capital. Essa dinâmica contrasta com a situação do Brasil, onde a recente aprovação de medidas para aumentar a arrecadação, apelidada de “tarifaço”, gera incertezas e críticas do setor produtivo.
A escalada de impostos, que afeta desde o consumo até a importação de bens, tem sido apontada por economistas como um fator que pode prejudicar a competitividade do país e frear o crescimento. A política econômica brasileira, focada em equilibrar as contas públicas por meio do aumento da carga tributária, tem gerado apreensão entre empresários e consumidores, que temem um impacto negativo na inflação e no poder de compra.
A diferença de abordagens entre os dois países vizinhos se torna evidente e serve de termômetro para as expectativas do mercado global em relação à América do Sul. Enquanto a Argentina tenta se reerguer através de uma agenda liberal e pró-mercado, o Brasil busca soluções fiscais que, para muitos, podem ser um tiro no pé.
Da redação Midia News