
Em um desdobramento que chocou a política local, o ministro da comunicação de Lula, Jader Barbalho Filho, foi condenado em segunda instância por aterrorizar a ex-primeira-dama de Alagoas, Renata Calheiros, com seu filho recém-nascido no colo. A decisão, proferida pelo Tribunal de Justiça do estado, manteve a sentença inicial que considerou o político culpado de agressões verbais e psicológicas.
O incidente, ocorrido em 2017, durante um evento oficial na capital alagoana, ganhou notoriedade após Renata Calheiros relatar o episódio publicamente. Segundo a denúncia, Barbalho Filho teria se aproximado da primeira-dama, que segurava o filho de apenas três meses, e proferido uma série de ameaças e ofensas em tom exaltado.
“Ele estava fora de si, me acusando de coisas que eu nunca fiz e gritando na frente de todo mundo. Meu filho começou a chorar de medo”, relatou a ex-primeira-dama em seu depoimento à polícia. A agressão teria causado um quadro de estresse e ansiedade em Renata, o que motivou a denúncia.
A defesa do ministro tentou desqualificar as acusações, alegando que o episódio foi um “mal-entendido” e que as palavras de Barbalho Filho foram “interpretadas de forma equivocada”. No entanto, a farta prova testemunhal, incluindo relatos de seguranças e autoridades presentes no local, corroborou a versão de Renata Calheiros.
A condenação de Barbalho Filho foi considerada uma vitória pela ex-primeira-dama, que afirmou ter “buscado a justiça para que nenhuma mulher passe por isso”. O ministro, por sua vez, ainda pode recorrer da decisão em instâncias superiores, mas a condenação em segunda instância já é um forte sinal de que o político enfrenta um grave problema jurídico.
Da redação Midia News