
Setores da oposição brasileira têm demonstrado grande expectativa de que o novo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, exerça influência política e diplomática capaz de colocar um “freio” nas ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A avaliação é de que a proximidade ideológica entre a direita brasileira e o republicano possa criar um ambiente internacional mais crítico à atuação do magistrado, especialmente em temas como liberdade de expressão e investigações relacionadas a opositores do governo brasileiro.
Lideranças políticas ligadas à oposição apontam que Moraes, nos últimos anos, concentrou grande poder no Judiciário, conduzindo inquéritos e processos considerados “fora da normalidade” por críticos. Elas apostam que um eventual alinhamento entre o governo Trump e grupos políticos no Brasil poderia gerar pressão diplomática, seja por meio de pronunciamentos oficiais, seja através de fóruns internacionais.
Apesar da expectativa, especialistas em relações internacionais ponderam que a capacidade de influência de um governo estrangeiro sobre as instituições brasileiras é restrita. A independência entre os poderes e a soberania nacional limitam ações diretas, restando ao campo externo apenas manifestações políticas e posicionamentos públicos.
Ainda assim, o tema tem ganhado espaço em reuniões e bastidores da oposição, que vê no novo cenário em Washington uma possível oportunidade de desgaste para Alexandre de Moraes, considerado por adversários como um dos principais obstáculos para a agenda conservadora no Brasil.
Da redação Midia News