
Uma cena chocante de falta de empatia e respeito marcou o transporte público do Rio de Janeiro recentemente, reacendendo o debate sobre a violência urbana e a desumanização nas grandes cidades. Uma idosa foi duramente criticada e agredida verbalmente por passageiros por tentar entrar em um ônibus já lotado, chegando a ouvir: “Deixa ela morrer”.
O caso, que ganhou repercussão após relatos nas redes sociais, expõe a brutalidade e o egoísmo de uma parcela da sociedade que, em meio ao caos e à disputa por espaço, perdeu a sensibilidade para com os mais vulneráveis. A idosa, que segundo testemunhas aparentava fragilidade, foi impedida de embarcar e teve sua integridade moral desrespeitada por pessoas que deveriam, por lei e por decência, ceder-lhe o lugar.
A situação reflete um problema sistêmico do transporte público carioca: a superlotação crônica. A falta de veículos e a precariedade dos serviços transformam a rotina de quem precisa se locomover em uma verdadeira batalha diária. No entanto, a precarização do serviço não justifica a perda da humanidade. O caso da idosa serve como um alerta para a urgente necessidade de resgate dos valores de empatia e solidariedade, principalmente em um contexto de intensa desigualdade social.
Da redação Midia News