ArtigoNotícias

O preguiçoso atalho do viés de confirmação.

O viés de compreensão para com erros alheios leva a cultura pantaneira a complementar a entender o brocardo atribuido a Albert Eistein

Todos os anos o Parque Nacional do Pantanal em Poconé MT brinda o MS e o Município de Corumbá com duas mortandades: – A dos peixes nas dequadas e os incêndios descontrolados que brincam de amarelinha pulando os mega aceiros úmidos naturais dos rios Paraguai, São Lourenço e Cuiabá !

Parecem agora querer buscar que dobrando a dose do veneno encontrarão a solução para esconder nessa cortina de fumaça e água sem oxigênio a destruição que tais áreas SNUC causam ao Pantanal do MT e MS.

Diminuir a velocidade das águas e dos sedimentos originadas no Alto do Planalto e retirar por dragagem o brutal assoreamento que vem matando os lentos rios da Planície do Pantanal, como preconizado no Plano de Conservação da Bacia do Alto Paraguai- PCBAP, sofrem a distorção da mesma narrativa teimosamente negacionista e anti científica que vendem para incautos como defesa do Pantanal.

O viés de compreensão para com erros alheios leva a cultura pantaneira a complementar a entender o brocardo atribuido a Albert Eistein : “- Insanidade é repetir um mesmo erro e ter esperança num resultado diferente!”, para nós trata-se de simplesmente um exemplo de insanidade, daí nossa insistência em expormos o erro, sem pretender impor na “marra” a solução que tão bem conhecemos.

Os pantaneiros, com sua profunda interconexão com a natureza concordam com Pragya Agarwal, professora de Desigualdade e Justiça Social da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, quando esclarece que:

“- Quanto mais culpa e vergonha nós sentirmos e quanto mais tentarmos esconder os nossos erros dos outros, maior a nossa probabilidade de repetí-los.

Reconhecer as nossas falhas e fazer uma pausa para analisá-las pode nos ajudar a reduzir o viés de frequência, nos tornando menos propensos a repetir nossos erros e a reforçar os caminhos que nos levam a eles.”

Precisamos reconstruir nossos caminhos fluviais desassoreando os rios nesta Planície de baixíssima inclinação e depois de tantos erros repetidos por preguiça mental ao impor soluções importadas adequadas a outros biomas, é hora talvez, pelo menos de uma perícia
médica, para nos livrarmos de algo tão repetitivo e portanto com aparência de um TOC coletivo ou Transtorno Obsessivo Compulsivo.

Os Pantanais, Bioma dos Biomas, humilde e repetitivamente, só expõem, nunca impõem…

Aproveito a oportunidade para apresentar minhas despedidas ao velho vizinho André de Botton, da Fazenda Boa Esperança do Morro do Cracará que, após 60 anos vendeu sua charmosa sede, abrindo caminho para esse e outros projetos exógenos…

Armando Arruda Lacerda Porto São Pedro
Pertinho do PARNA

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo