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Líder do PCC é solto e deixa penitenciária federal pela porta da frente

Fernando Gonçalves dos Santos, o Azul, cumpriu pena e foi liberado; ele integrava a cúpula da facção criminosa

Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como Azul e apontado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) como integrante da cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital), deixou anteontem a Penitenciária Federal de Mossoró (RN) pela porta da frente, após cumprir toda a pena.

Segundo fontes da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), Azul viajou com a família para Canoa Quebrada, onde ficará alguns dias, antes de retornar a Santos (SP), sua cidade natal.

Condenado a 28 anos por roubo, receptação, tráfico de drogas e associação à organização criminosa, Azul segue outros nomes de alto escalão do PCC que também saíram da mesma unidade nos últimos anos.

Outros líderes liberados de Mossoró

Em agosto de 2023, a Justiça soltou Décio Gouveia Luís, o Décio Português, investigado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foragido, ele tem prisão preventiva decretada.

Já em outubro de 2023, foi a vez de Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal, também apontado como liderança do PCC, deixar a penitenciária. O MP-SP acredita que tanto ele quanto Décio estejam atualmente na Bolívia, sob proteção de policiais corruptos.

Azul, Décio e Chacal estiveram antes na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), junto a outros chefes da facção, como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado pelo MP-SP o principal líder do grupo.

Transferência da cúpula do PCC para presídios federais

Em fevereiro de 2019, Marcola e outros 21 membros da alta cúpula do PCC foram transferidos para presídios federais, a pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Presidente Prudente (SP).

A medida foi motivada por informações de que havia um plano, supostamente coordenado por Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, para resgatar líderes presos. Fuminho foi capturado em abril de 2020, em Maputo, capital de Moçambique, e hoje está na Penitenciária Federal de Brasília.

Advogados de presos negam a existência do plano de resgate e afirmam que o MP-SP nunca apresentou provas concretas.

Morte do sobrinho de Azul pela Rota

Em fevereiro de 2024Allan de Morais Santos, o Príncipe, sobrinho de Azul, foi morto pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) em Santos (SP). Segundo a versão policial, Allan atirou contra militares durante patrulhamento e foi baleado.

A polícia apreendeu um fuzil no porta-malas de seu carro e afirmou que ele portava duas pistolas. Allan possuía extensa ficha criminal, com processos por homicídiotentativa de homicídiotráfico de drogasassociação criminosa e porte ilegal de arma.

FONTE: CONTRA FATOS

Da redação Midia News

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