
Na última terça-feira (10), diversas cidades brasileiras foram palco de manifestações pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar da convocação feita pelo PT e entidades sindicais, a participação foi tão baixa que o próprio partido evitou comentar o evento em suas redes sociais.
Mobilizações com Baixa Adesão
Os protestos estavam programados para ocorrer em pelo menos quarenta cidades, incluindo importantes capitais como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Curitiba, Belo Horizonte e Recife. Contudo, as imagens que circularam nas redes sociais mostram que os atos atraíram apenas pequenos grupos de militantes, ligados principalmente a sindicatos e movimentos estudantis.
Em São Paulo, por exemplo, a manifestação começou às 17h em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Apesar da chuva, uma pequena passeata com algumas centenas de participantes desceu até a Rua da Consolação, mas sem impactar o trânsito, que seguiu normalmente.
Bolsonaristas Ironizam e Petistas Mantêm o Silêncio
A fraca adesão virou motivo de chacota para apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente, publicou uma foto aérea da Avenida Paulista, destacando a baixa participação com a legenda sarcástica: “Abriram o foco da manifestação contra Jair Bolsonaro”.
Enquanto isso, o silêncio dos principais nomes do PT foi evidente. Apesar de terem convocado a população para os atos, figuras como Gleisi Hoffmann, presidente do partido, preferiram se concentrar em outros temas, como a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou por uma cirurgia de emergência, e a decisão do Banco Central sobre a taxa de juros.
Nas redes sociais dos deputados petistas Lindbergh Farias, Erika Kokay e José Guimarães, e do senador Humberto Costa, não houve menção às manifestações. O único registro oficial veio do perfil do PT-SP.
Um Fracasso de Engajamento
A baixa adesão às manifestações revelou não apenas a falta de mobilização popular, mas também a dificuldade de engajar até mesmo a base do partido em causas contra Bolsonaro. O silêncio dos líderes do PT reflete o reconhecimento desse fracasso e a tentativa de evitar repercutir um evento que não alcançou o impacto esperado.