
Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (26) a imposição de uma nova tarifa contra produtos brasileiros, medida que promete acirrar ainda mais as tensões comerciais entre os dois países. De acordo com informações preliminares, setores como o agronegócio — em especial carne bovina, soja e derivados — além de produtos siderúrgicos e manufaturados, estão entre os principais atingidos.
Segundo autoridades norte-americanas, a decisão faz parte de uma estratégia de proteção ao mercado interno, diante de pressões de produtores locais que reclamam da competitividade dos produtos brasileiros. A tarifa deve encarecer as exportações nacionais, afetando diretamente a balança comercial do Brasil e a geração de empregos em cadeias produtivas ligadas ao mercado externo.
O governo brasileiro reagiu com cautela, mas já avalia acionar organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), e não descarta medidas de retaliação. “É um movimento que prejudica não apenas o Brasil, mas também os consumidores norte-americanos, que terão produtos mais caros”, afirmou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores.
Especialistas alertam que a medida pode ter reflexos além do comércio. “Essa tarifa sinaliza um endurecimento político e pode contaminar outras áreas da relação bilateral, como cooperação em tecnologia e investimentos”, avalia o economista internacional Carlos Mendes.
O episódio reacende o debate sobre a necessidade de o Brasil diversificar seus destinos de exportação e reduzir a dependência do mercado norte-americano. Ao mesmo tempo, pressiona o governo a fortalecer negociações com outros blocos econômicos, como União Europeia, Mercosul e países asiáticos.
Da redação Midia News