
Novas mensagens de celular obtidas pela Polícia Federal revelam um elo surpreendente entre parlamentares e o chamado “gabinete paralelo” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O conteúdo das conversas sugere que deputados federais atuavam como informantes, repassando dados e buscando informações privilegiadas para antecipar decisões e, possivelmente, influenciar investigações em andamento.
As comunicações, parte de um inquérito que apura a existência de uma estrutura informal de assessoria a Moraes, mostram que os parlamentares mantinham contato direto com assessores do ministro. O teor das mensagens indica que as trocas não se limitavam a diálogos institucionais, mas incluíam pedidos de acesso a autos de processos sigilosos e a busca por informações sobre inquéritos que poderiam atingir aliados políticos.
A revelação levanta questionamentos sobre a separação dos poderes e o uso indevido de informações confidenciais por parte de figuras públicas. A atuação como “informantes” do gabinete de Moraes, se confirmada, poderia configurar uma quebra de decoro parlamentar e até mesmo crimes contra a administração da justiça. As investigações continuam para determinar a extensão da participação dos deputados e as implicações legais de suas ações.
Da redação Midia News