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Ataque de drone russo causa apagão e agrava crise energética no sul da Ucrânia

Milhares de pessoas ficaram sem eletricidade após mais uma ofensiva russa contra a infraestrutura ucraniana; autoridades locais denunciam intensificação dos ataques e alertam para o impacto humanitário

Um novo ataque de drones lançado pela Rússia, neste fim de semana, deixou milhares de civis sem energia elétrica no sul da Ucrânia, agravando a já delicada situação da região. De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de aeronaves não tripuladas foram disparadas durante a madrugada, mirando especialmente usinas de distribuição e linhas de transmissão, o que resultou em extensos apagões em cidades e vilarejos.

A administração regional relatou que os danos foram significativos e afetaram não apenas residências, mas também hospitais, escolas e sistemas de abastecimento de água, aumentando o risco de colapso em serviços básicos. Técnicos foram mobilizados de imediato para tentar restabelecer o fornecimento, mas a extensão dos estragos indica que os reparos poderão levar dias.

O governo ucraniano classificou o ataque como parte de uma estratégia russa de enfraquecer a infraestrutura civil, especialmente antes da chegada do inverno. “Trata-se de uma campanha sistemática para privar a população de condições mínimas de sobrevivência”, declarou o Ministério da Energia da Ucrânia em comunicado. Ainda segundo as autoridades, equipes de emergência estão distribuindo geradores e orientando a população a economizar energia onde ainda há fornecimento.

Do lado russo, não houve comentário oficial imediato, mas Moscou já havia admitido em outras ocasiões que seus ataques miram o que chama de “infraestrutura crítica” da Ucrânia. Analistas internacionais destacam que ofensivas desse tipo buscam aumentar a pressão psicológica sobre os civis, ao mesmo tempo em que tentam reduzir a capacidade logística e militar de Kiev.

Organizações humanitárias que atuam na região alertam para o risco de agravamento da crise. A Cruz Vermelha e a ONU lembram que a interrupção de energia em larga escala compromete não apenas o cotidiano, mas também hospitais que dependem de equipamentos vitais, o transporte público e até a conservação de alimentos e medicamentos.

Enquanto engenheiros trabalham sob risco de novos ataques para restabelecer o fornecimento, a população enfrenta mais uma noite sem luz e com incertezas sobre a normalização do serviço. Moradores relatam medo constante e descrevem o ataque como “o mais violento das últimas semanas”.

A comunidade internacional voltou a condenar a ofensiva. A União Europeia e os Estados Unidos pediram que a Rússia cesse imediatamente ataques contra infraestruturas civis, classificando-os como violações do direito humanitário internacional.

A guerra, que já dura mais de dois anos, segue sem sinais de cessar-fogo. Para os ucranianos do sul, a realidade é de noites escuras, frio intenso e a esperança de que a energia seja restabelecida antes que a situação se agrave ainda mais.

Da redação Midia News

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