
O ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), trabalhou em um escritório de advocacia que hoje atua na defesa do Brasil perante a Organização Mundial do Comércio (OMC). O escritório, chamado Piquet Carneiro Advogados Associados, representa o país em um caso complexo que envolve a importação de borracha da Malásia e uma possível violação de sanções dos Estados Unidos.
O processo em questão foi iniciado em 2023 pelos Estados Unidos, que alegam que o Brasil estaria burlando sanções impostas à China, ao importar borracha de uma empresa malaia que, segundo os norte-americanos, tem laços com companhias chinesas. A disputa pode resultar em sanções comerciais contra o Brasil, o que motivou a contratação do escritório Piquet Carneiro para a defesa do país na OMC.
Embora Barroso não tenha atuado diretamente no caso, já que saiu do escritório em 2003, o fato de ter sido sócio da banca levanta debates éticos sobre a atuação de ex-membros de escritórios em questões que podem chegar ao Judiciário. A assessoria do ministro informou que a sua saída do escritório ocorreu há mais de duas décadas e que não há qualquer conflito de interesse.
Da redação Midia News