Ucrânia promete retaliar após ataques russos ao setor de energia
Kiev afirma que responderá de forma contundente a ofensiva que deixou milhares sem luz e danificou infraestrutura vital

A Ucrânia anunciou neste domingo que prepara medidas de retaliação contra a Rússia, após uma nova série de ataques aéreos que atingiram a infraestrutura energética do país. De acordo com autoridades ucranianas, os bombardeios deixaram milhares de civis sem eletricidade em diversas regiões, ampliando a crise energética que já afeta hospitais, indústrias e residências.
Segundo o Ministério da Energia da Ucrânia, pelo menos cinco instalações estratégicas foram danificadas durante a ofensiva russa, incluindo subestações e linhas de transmissão de alta tensão. A estatal de energia informou que equipes de emergência trabalham sem parar para restabelecer o fornecimento, mas os danos são considerados “graves e de difícil reparo em curto prazo”.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou os ataques e classificou a ofensiva como “terrorismo energético”. Em pronunciamento, ele declarou que o país dará uma resposta proporcional. “A Rússia tenta enfraquecer nossa resistência atingindo nossos recursos básicos, mas não vamos ceder. Haverá consequências para cada ataque”, afirmou.
Especialistas apontam que a destruição da infraestrutura elétrica não só compromete o cotidiano da população, como também pode prejudicar a mobilidade das tropas e a produção industrial em áreas estratégicas. A comunidade internacional, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, voltou a criticar a escalada russa, prometendo mais apoio militar e humanitário a Kiev.
Enquanto isso, civis em cidades como Kharkiv e Odessa enfrentam longos apagões, utilizando geradores e pontos de apoio comunitários para conseguir água e calor. A situação reacende o temor de um inverno difícil, já que o país ainda não conseguiu recuperar totalmente as redes destruídas em ataques anteriores.
A promessa de retaliação por parte da Ucrânia aumenta a tensão em uma guerra que já ultrapassa dois anos e segue sem perspectiva de cessar-fogo. Analistas alertam que novos embates podem se intensificar nas próximas semanas, ampliando o impacto humanitário da crise.
Da redação Midia News