
Assim será o turismo no Pantanal, as criações e as populações ribeirinhas alimentam as onças e alguns vão gigolar as onças pros gringos.
:-Quando *Oscar de Morais não está caçando onças, você o encontrará a bordo de sua casa flutuante atracada às margens do Rio São Lourenço… Oscar é guia de passeios para observar onças no Pantanal.”
“… – ‘Que onça é essa?’, pergunta um turista. ‘-É o Ousado,, responde Oscar.”
“‘ – Em 2009, os operadores turísticos de nossa fazenda viam talvez três onças por ano” diz Mário Haberfeld , um dos fundadores da Onçafari, uma agência de turismo sediada no Caiman Lodge , no sul do Pantanal inspirado por modelos de safaris.na África do Sul.
Agora temos entre 1.000 e 1.100 avistamentos por ano, com entre 98% e 100% dos visitantes avistando uma onça”, diz ele.
“- O Pantanal corre o risco se tornar vítima do próprio sucesso” afirma *Fernando Tortato, coordenador do programa de conservação da Panthera, uma organização global de conservação de felinos selvagens no Brasil.
“- A superlotação está definitivamente se gerando um problema” , concorda seu colega Rafael Chiaravalloti , antroprólogo ambiental da University College of London. “- Os visitantes estão começando a reclamar. Dizem que mal conseguem ver a onça-pintada por causa de tantos barcos.”
In Brazil’s Pantanal, too many tourists may be the jaguar’s new predator
As traduções realizadas do artigo com link acima , foram feitas com auxílio de ferramenta automática disponível na Internet, que forneceu oportunidade a um.pantaneiro de tentar fazer um contraponto a estes “donos” e especialistas do Pantanal, que podemos considerar como recém chegados.
Inicialmente afirmamos que os partidários de ampliação de áreas protegidas tipo SNUC, “-Protegidas para quê? Para quem?” caracterizam-se por um anti infraestruturalismo radical no Pantanal, não significou mesmo após 40 anos de experimentação, lograr constituir uma resposta adequada ou protetora, nem de longe podendo se comparar ao Pantanal da sustentável pastorícia tradicional, eficácia que se pode medir em séculos.
Aferrados com obtusidade córnea a interesses extrativistas, logo perceberam que a cultura pantaneira, assimilou e evoluiu com tradições milenares de convivência harmônica ( ou pontualmente nem tanto), do homem com a flora e fauna local, que se revelou como um espetáculo de sustentabilidade até para os dois predadores topo de cadeia, convivendo numa mesma paradisíaca unidade geográfica, a planície pantaneira!
Temos que ter consciência dessa longa travessia desde o extrativismo puro e simples de bens naturais, sejam inorgânicos como minerais ou orgânicos como madeiras, cascas, taninos, raízes, folhas e frutos, peles (cascas de animais), penas e carnes exóticas de aves nativas , mamiferos e sobretudo peixes, muitos peixes, comercializado em cotas, que indicariam primitiva forma de sinalização de virtudes .
Sobreviveu o Pantanal, sobreviveu economicamente o pantaneiro, e a pastorícia da criação pecuária sempre foi a razão de propiciar fartura de carnes e outros alimentos, com a diminuição da massa vegetal que se desvitaliza estacionalnente, e o consumo e pisoteio aumentando a palatibilidade das abundantes pastagens nativas, sem contarmos que a oferta de água pura, sal e medicamentos beneficiam diretamente tanto a fauna como a flora.
A maior externalidade negativa da exploração turística baseada em uma só espécie símbolo, a onça, já começa a aparecer: – A superpopulação das onças e de turistas, previsivelmente solucionada no futuro, por milionários safaris de venda para controle de animais selvagens, atendendo como na África, os bwanas milionários e sua ânsia vaidosa por troféus cinegéticos.
Visitem uma fazenda com criação de gado e lá certamente haverão muitos animais em simbiose com as criações, e também uma flora se beneficiando dos adubos e da reposição mineral proporcionado por essas criações .
Numa região onde a carne é caríssima, mostre-me uma ave ou mamifero e poderemos profetizar uma canja ou um assado/cozido, tem regiões em que chegam a vender até o rastro de animais…
Restabelecer um extrativismo vegetal e animal edênico, só causa reducionismo da natureza a um item estático e inerte, destituído de valor para a verdadeira sustentabilidade econômica ( a la pantanal) para a humanidade.
Não adianta reafirmar que o pantaneiro jamais mata onças por esporte, da exacerbação das narrativas sobre essa única externalidade negativa do Pantanal, escondem-se variadas narrativas midiáticas negacionistas, omitindo o óbvio resultado da evolução da cultura da pastorícia tradicional pantaneira.
Este melhor e mais eficiente fruto da sustentabilidade possível, capaz de devolver até a superpopulação de onças, usado para satisfazer poucos e “iluminados” extrativistas virtuais, afoitos monetizadores de uma natureza conservada, como exploradores de commodities ambientais dimensionadas por seus satélites espiões.
Armando Arruda LacerdaPorto São Pedro
Pantaneiro sistemático