
Um estudo recente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) levantou a existência de uma rede de robôs e contas de militância digital que atua de forma coordenada para atacar opositores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. A pesquisa, que analisou milhões de interações em plataformas como Twitter e Facebook, aponta para um ecossistema complexo de disseminação de desinformação e ataques direcionados.
De acordo com os pesquisadores, essa rede opera com táticas sofisticadas. A primeira delas é a criação e manutenção de perfis falsos, os chamados robôs, que amplificam mensagens de apoio ao governo e, simultaneamente, replicam ataques a figuras críticas. Esses perfis, muitas vezes criados em massa, conseguem dar a impressão de um apoio popular maciço e espontâneo a determinadas narrativas.
Além dos robôs, o estudo destaca a ação de uma “militância digital” organizada. Diferentemente dos robôs, esses perfis são operados por pessoas reais, que seguem uma agenda de ataques e desinformação. A pesquisa sugere que essas contas atuam em grupos de mensagens privados para coordenar ações e campanhas de difamação, como a criação de hashtags e o direcionamento de ataques a jornalistas, políticos e influenciadores que expressam opiniões contrárias ao governo.
As conclusões do estudo indicam que o objetivo dessa rede não é apenas defender o governo, mas também silenciar vozes críticas e deslegitimar a oposição. A tática de ataques coordenados, que inclui o uso de xingamentos, acusações falsas e o compartilhamento de informações distorcidas, cria um ambiente hostil que intimida e pode levar à autocensura.
Da redação Midia News