
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou a nomeação de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e principal figura do PSOL, para um cargo ministerial. A decisão, que busca consolidar a base de apoio do governo e aprofundar a aliança com a esquerda, gerou uma forte divisão interna no Partido dos Trabalhadores (PT).
A indicação de Boulos, que disputou a prefeitura de São Paulo em 2020 e se tornou uma voz proeminente da esquerda, é vista por aliados como um movimento estratégico. Eles acreditam que a presença dele no governo não apenas fortalece a coalizão com o PSOL, mas também aproxima a gestão de movimentos sociais e setores progressistas.
No entanto, a notícia foi recebida com desaprovação por uma parcela significativa de petistas históricos. A resistência se concentra na percepção de que Boulos representa uma nova geração política que, segundo críticos, não compartilha a mesma trajetória e os valores de militância do PT. Setores mais tradicionais do partido expressam preocupação de que a nomeação possa diluir a identidade da legenda.
A nomeação de Boulos agora coloca o governo de Lula diante do desafio de conciliar as demandas de sua base de apoio mais ampla com as tensões internas de seu próprio partido, uma negociação que pode definir o futuro da aliança de esquerda no país.
Da redação Midia News