
Uma escola na cidade de Curitiba chamou a atenção ao orientar um aluno a interromper a prática de evangelizar colegas durante o horário de intervalo. A medida, segundo a instituição, foi tomada para manter um ambiente escolar neutro e garantir o respeito à diversidade religiosa e à liberdade de crença de todos os estudantes.
A orientação ocorreu após a equipe pedagógica identificar que a atividade religiosa estava sendo realizada de forma insistente, podendo gerar desconforto ou pressão sobre os demais alunos em um momento que deveria ser de lazer e socialização desvinculada de proselitismo.
A escola ressaltou que, embora valorize a liberdade de expressão e a fé individual, o ambiente de ensino, especialmente em instituições públicas ou que seguem diretrizes de laicidade, deve ser um espaço onde diferentes crenças e não-crenças possam coexistir sem coação ou persuasão ativa. O intervalo, em particular, é um período destinado ao descanso e atividades livres, e não a doutrinação religiosa.
A instituição afirmou que buscou o diálogo com a família do aluno para esclarecer que a suspensão da evangelização no pátio e nas áreas comuns é uma ação para preservar o princípio da pluralidade e o direito dos outros estudantes de não serem abordados com fins religiosos durante as atividades escolares. O episódio levanta novamente o debate sobre os limites entre a liberdade religiosa individual e as regras de convivência em ambientes coletivos e laicos como as escolas.
Da redação Midia News