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Negociação Brasil-EUA: Vieira e Rubio encerram reunião sem acordo imediato, mas com pedidos de cessar a ‘opressão judicial’

Chanceler brasileiro e secretário de Estado americano discutiram em Washington tarifas e o papel do Judiciário brasileiro, indicando a complexidade das relações bilaterais.

A reunião entre o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, realizada nesta quinta-feira (16) na Casa Branca, terminou sem a formalização de um acordo, apesar de ter sido classificada por ambas as partes como “produtiva” e “construtiva” em outros relatos.

A pauta do encontro, que durou cerca de 50 minutos, foi marcada pela complexidade dos temas em discussão. Vieira e sua equipe tentaram reverter o “tarifaço” de 50% aplicado por Washington a produtos brasileiros desde agosto. Por outro lado, o lado americano, liderado por Rubio — que foi nomeado negociador por Donald Trump —, teria inserido na discussão o que chamou de “opressão judicial” no Brasil.

Fontes do governo brasileiro indicam que a delegação dos EUA solicitou o fim da “opressão judicial” no país, em uma referência indireta às sanções e decisões impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente pelo ministro Alexandre de Moraes, contra empresas de tecnologia americanas (as chamadas big techs) e autoridades brasileiras. A preocupação americana com o uso do dólar em negociações internacionais e a possibilidade de cessão de terras raras também teriam sido levantadas.

Embora não tenha havido um acordo final, os dois representantes anunciaram que as equipes técnicas darão continuidade às negociações para reverter as tarifas e buscar uma solução para os demais pontos de fricção. Vieira e Rubio também confirmaram que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump têm o objetivo de se encontrar em breve, o que seria o próximo passo para selar qualquer entendimento entre os países. A expectativa é que, se o trabalho diplomático avançar, a reunião presidencial possa concretizar um acordo mais amplo.

Da redação Midia News

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