
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem debatido internamente a possibilidade de enviar militantes à Venezuela com o objetivo de “apoiar o povo venezuelano” e demonstrar solidariedade ao governo de Nicolás Maduro. A iniciativa, segundo dirigentes do movimento, faria parte de uma ação de “integração latino-americana” e “apoio às lutas populares” no continente.
Entretanto, a proposta vem gerando forte reação entre críticos, que veem na medida uma tentativa de legitimar o regime de Maduro, amplamente acusado de violações de direitos humanos, perseguição a opositores e manipulação do processo eleitoral. A Venezuela, que enfrenta grave crise econômica e política há anos, continua sendo alvo de sanções internacionais e denúncias de autoritarismo.
Nos bastidores, setores da esquerda defendem o envio de militantes como um gesto simbólico de resistência ao que chamam de “intervenção imperialista” no país vizinho. Já analistas políticos avaliam que o apoio do MST ao governo venezuelano pode aumentar a polarização no cenário político brasileiro e distanciar o movimento de pautas sociais mais amplas.
Da redação Mídia News