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Supremo derruba autorização de Barroso e barra atuação de enfermeiros em aborto legal

Maioria de ministros do STF vota contra liminar que liberava profissionais de enfermagem para auxiliar em interrupção da gestação em casos previstos em lei

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para derrubar a liminar concedida pelo ministro Luís Roberto Barroso, que autorizava enfermeiros e técnicos de enfermagem a participar de procedimentos de interrupção da gravidez nos casos de aborto legalmente admitido no Brasil. Em sessão extraordinária virtual, sete ministros votaram para não referendar a decisão de Barroso, que visava afastar a criminalização de profissionais de enfermagem atuantes nesses procedimentos.

A decisão de Barroso, um de seus últimos atos antes de sua aposentadoria antecipada, defendia que a limitação de profissionais que podem atuar no cuidado de mulheres e meninas em situações de aborto legal contribui para a violação de direitos, em um cenário que o ministro classificou como “vazio assistencial”.

No entanto, a maioria dos ministros, seguindo a divergência inaugurada por Gilmar Mendes, entendeu que a liminar não deveria ser mantida. Votaram contra a medida os ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Nunes Marques, André Mendonça, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.

A liminar de Barroso também determinava a suspensão de procedimentos administrativos, penais e decisões judiciais contra os profissionais de enfermagem que prestassem auxílio à interrupção da gestação nos casos em que ela é legalmente permitida (risco à vida da mãe e gravidez resultante de estupro, além de anencefalia fetal). Com a decisão majoritária do STF, essa autorização e a suspensão das punições são derrubadas.

Da redação Midia News

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