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Editorial do WSJ levanta suspeitas de infiltração estrangeira em órgão dos EUA em caso Filipe Martins

Jornal questiona autenticidade de registros usados pelo STF e sugere manipulação por interesses políticos opostos a Bolsonaro

O caso do ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, ganhou um novo e polêmico capítulo com a publicação de um editorial do jornal americano The Wall Street Journal (WSJ). O influente veículo não apenas defende a soltura de Martins, que cumpre medidas cautelares no Brasil como réu na ação penal que apura um suposto plano de golpe de Estado, mas também levanta a grave suspeita de que pode ter ocorrido uma infiltração estrangeira no Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP).

O cerne da controvérsia reside nos registros do CBP que teriam sido usados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para justificar a prisão preventiva de Martins, sob o argumento de risco de fuga. Tais registros indicavam uma suposta viagem do ex-assessor aos EUA em dezembro de 2022, junto à comitiva do então presidente Jair Bolsonaro, fato sempre negado pela defesa.

Em seu editorial, o WSJ alega que o tribunal brasileiro estaria utilizando “registros falsos” do CBP e, mais incisivamente, questiona a origem e a manipulação desses dados. A publicação sugere que, embora não haja uma “motivação norte-americana óbvia” para inventar a viagem de Martins, “alguém trabalhando dentro da CBP em nome de interesses políticos brasileiros opostos a Bolsonaro teria uma motivação” para tal.

A defesa de Martins, por sua vez, sempre contestou a autenticidade dos registros e a própria Polícia Federal (PF) utilizou uma lista de passageiros encontrada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para embasar o pedido de prisão. O editorial do WSJ exige uma investigação transparente sobre como os registros falsos relacionados a Martins foram parar no site do CBP, desapareceram e depois reapareceram, provocando uma intensa discussão sobre a integridade dos dados governamentais americanos e a legalidade do processo judicial no Brasil.

O texto encerra com uma indagação contundente, destacando a seriedade do ocorrido: “O que é pior? O crime ou o encobrimento?”.

Da redação Midia News

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