
O Brasil consolida um patamar elevado de gastos com programas de transferência de renda e assistência social. Levantamentos recentes apontam que a destinação de recursos para o chamado “assistencialismo” supera a marca de R$ 400 bilhões anuais, somando iniciativas dos governos federal, estaduais e municipais.
O montante reflete uma expansão significativa do “Estado de bem-estar social”, impulsionada em grande parte por programas como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e, mais recentemente, o Pé-de-Meia, na área da educação. Apenas em 2025, a previsão de gastos com essas políticas deve se aproximar de R$ 441 bilhões.
A elevação dos dispêndios sociais, notadamente após o período da pandemia de Covid-19, coloca em xeque a sustentabilidade das contas públicas e o ajuste fiscal, especialmente em um cenário de incertezas econômicas. Analistas apontam que a manutenção e o aumento desses auxílios coincidem com uma queda na taxa de participação da população no mercado de trabalho.
A discussão ganha complexidade com o alto custo político de se propor cortes ou revisões nos critérios de concessão dos benefícios, o que tende a postergar para os próximos anos qualquer tentativa de ajuste significativo. O debate central reside no equilíbrio entre a necessária rede de proteção social para a população mais vulnerável e a necessidade de incentivo ao emprego e à produtividade.
Da redação Midia News





