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Argentina mobiliza tropas na fronteira com o Brasil em reação à ação contra o Comando Vermelho

O governo argentino decretou alerta máximo e enviou o Exército para a província de Misiones, reforçando a vigilância na tríplice fronteira após megaoperação no Rio de Janeiro que visou facções criminosas brasileiras.

O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira que irá mobilizar tropas do Exército e adotar fiscalização reforçada nas fronteiras com o Brasil, como parte de uma operação preventiva contra a infiltração de integrantes do Comando Vermelho.

A medida ocorre em resposta à megaoperação policial realizada no Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, que resultou em dezenas de mortes e gerou temor de que criminosos buscariam refúgio em países vizinhos.

A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, afirmou que foi decretado “alerta máximo” nas zonas de fronteira com o Brasil, e que todos os brasileiros que entrarem na Argentina estarão sob maior inspeção, verificando antecedentes penais para evitar a entrada de membros de organizações criminosas.

O ministro da Defesa argentino, Luis Petri, detalhou que o envio de tropas será para a província de Misiones, região limítrofe com os estados brasileiros do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A missão incluirá veículos blindados, helicópteros, unidades de vigilância e apoio logístico.

Além disso, o governo argentino declarou oficialmente o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas, com inclusão em seu registro nacional de entidades vinculadas a atos de terrorismo. A classificação facilita medidas de controle, cooperação internacional e sanções financeiras.

A atuação conjunta com Paraguai e Brasil foi citada como essencial para o intercâmbio de inteligência e operações transfronteiriças, com foco especial nas áreas da tríplice fronteira — Puerto Iguazú (Argentina), Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai).

Analistas ressaltam que a estratégia argentina segue a chamada “teoria da debandada”, segundo a qual criminosos encurralados por operações em seu país de origem podem tentar escapar para países vizinhos, tornando as fronteiras vulneráveis.

“Vou emitir o alerta máximo nas fronteiras para que não haja nenhuma travessia (…) por parte daqueles que, evidentemente, estejam se deslocando do centro do conflito no Rio de Janeiro”, disse Bullrich. Terra

Essa movimentação marca uma escalada na política de segurança fronteiriça da Argentina, evidenciando preocupação com a exportação de violência e a necessidade de cooperação regional no combate ao crime organizado.

Da redação Mídia News

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